html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> QUOUSQUE TANDEM: October 2006

CRITICA SOCIAL E POLITICA

Wednesday, October 18, 2006

GRANDE IBÉRIA GANHA TERRENO

"Mais de metade dos espanhóis entre os 18 e os 24 anos não se importava mesmo nada se Portugal passasse a ser uma província como a Catalunha ou a Galiza. Pelo menos, a fazer fé no estudo publicado pela revista TIEMPO, segundo o qual 50 por cento dos 'nuestros hermanos' mais jovens defendem uma Península Ibérica uida por um só país.
Entre os que favoecem esta fusão, de acordo com os números divulgados ontem pela agência Lusa, 43,4 por cento dizem que um novo estado ibérico deveria chamar-se 'Espanha', contra 39,4 por cento que favorecem a opção 'Ibéria'.Por outro lado, apenas 3,3 por cento vêem com bons olhos a hipótese de Lisboa ser escolhida como capital. Além disso, metade dos inquiridos defende a permanência do rei D.Juan Carlos como chefe de Estado de uma Grande Ibéria.
Mas não é só além-fronteiras que a ideia ganha adeptos. De referir que o semanário 'Sol' publicou uma sondagem, segundo a qual 28 por cento dos portugueses favorecem a união com Espanha. Para Paquete de Oliveira, sociólogo e actual provedor do teleespectador na RTP, a 'grande alteração' não é a opinião dos espanhóis, mas sim a de parte dos portugueses. 'É impossível repetir a dominação filipina', considera, e acrescenta: ' Os portugueses são mais fiéis a uma noção de ideia-pátria e, até agora, tinham arrepios só de pensar numa união com Espanha'.
Mas o cenário pode estar a mudar, diz ao METRO o especialista. 'Os interesses espanhóis, nomeadamente os económico-financeiros, há muito que dominam a sociedade portuguesa'. Desta forma, ao aceitar uma eventual Península Ibérica unida, 'nem que seja enquadrada no espaço europeu, os portugueses-pelo menos em parte- abandonam a noção de Espanha inimiga' "

ELSA PÁSCOA in Metro


Trata-se duma ideia latente no espírito de muitos portugueses, principalmente do interior (Beira Interior, Trás-os-Montes e Alentejo). O governo socialista com as medidas que tem desenvolvido e implementado (a nível da saúde e da educação, principalmente) está a contribuir para o aumento das percentagens de portugueses que defendem uma união ibérica. Se têm dúvidas, façam localmente inquéritos de rua.

Thursday, October 12, 2006

A SAÚDE QUE TEMOS E TEREMOS (E A QUE PREÇO)

CAMINHA-SE PARA O SERVIÇO COMERCIAL DE SAÚDE

"O Serviço Nacional de Saúde deverá, a partir de agora, designar-se, com mais propriedade, por Serviço Comercial de Saúde, tendo como presidente do seu Conselho de Administração o Ministro da Saúde, Correia de Campos.
É indisfarçável que, com esta medida de obrigar os portugueses a pagar uma taxa de internamento hospitalar no valor de cinco euros por dia, o governo socialista (quem diria ?) desfere mais um duro golpe na já bastante penalizada classe média, que caminha a passos largos para a sua insolvência. Por outro lado, é também mais um passo importante na descaracterização do Serviço Nacional de Saúde, tal como a Constituição da República o define, aplainando assim o terreno para o grande objectivo de, no futuro, o entregar aos grupos financeiros, que há muito tempo o desejam e secretamente o reclamam, uma vez que constitui, sem qualquer risco, um investimento de retorno garantido. Começa a perceber-se a estratégia de Correia de Campos que, no essencial, não difere da do seu antecessor do PSD, Luís Filipe Pereira. Ambos merecem o epíteto de "coveiros" do Serviço Nacional de Saúde.
Com esta medida, esfuma-se por completo o prestígio de Correia de Campos. Não se lhe reconhece nenhuma vontade política em tomar as acertadas medidas estruturais que proporcionem a melhoria da prestação dos cuidados à população portuguesa, garantindo a sua universalidade tendencialmente gratuita e a sua equidade, e mesmo aquela sua medida, a mais emblemática do seu desastrado consulado, que envolve a criação das Unidades de Saúde Familiar, é uma reformulação requentada do fracassado Projecto Alfa da ministra socialista Maria Belém e que, tal como o projecto dos Centros de Saúde de 3ª geração, ficou esquecido pelo caminho."


Alexandre de Castro

 
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